
Mesmo com três deputados afastados, a Câmara Federal teve um gasto milionário para sustentar os gabinetes dos parlamentares que não exercem funções na Casa: Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), cassado em abril por faltas excessivas enquanto estava preso; Eduardo Bolsonaro (PL-SP), licenciado para morar no exterior; e Carla Zambelli (PL-SP), detida na Itália.
Apesar de não “baterem o ponto” na Câmara, todos mantiveram estruturas de gabinete ativas, com assessores e despesas financiadas com recursos públicos: o custo já é de R$ 3,3 milhões.
Já com o espaço pertencente ao deputado Eduardo Bolsonaro, o custo foi de R$ 900 mil. O de Carla Zambelli, R$ 300 mil. O levantamento foi feito pelo Estadão.
Para evitar que situações como essa se perpetuem, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Alencar Santana (PT-SP), apresentou um projeto para impedir que deputados afastados mantenham gabinetes ativos.
Segundo o petista, a proposta quer encerrar o que chamou de deputado home office, uma brecha que permite que o parlamentar continue exercendo o mandato mesmo quando estiver fora do país ou impedido de exercer o cargo.
Porém, apesar da pressão, especialmente de deputados petistas, os processos disciplinares na casa caminham de maneira lenta. O Conselho de Ética da Casa, por exemplo, ainda não concluiu a análise do caso de Eduardo Bolsonaro, cujo relator, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), sugeriu arquivamento. Por sua vez, o pedido de cassação de Zambelli permanece parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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