
Entre 20% e 30% das consultas pediátricas são motivadas pela febre –
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou, em maio de 2025, o parâmetro de temperatura que define febre em crianças. Agora, qualquer temperatura igual ou superior a 37,5°C medida na axila já é considerada febre.
A mudança alinha o Brasil a protocolos internacionais e reflete avanços científicos sobre o papel da febre no organismo. Pela nova diretriz, o quadro também pode ser identificado a partir de 38°C em medições orais ou retais.
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O que muda com a nova diretriz
O principal objetivo da atualização não é apenas padronizar diagnósticos, mas reduzir o medo exagerado da febre, conhecido como febrefobia. Segundo a entidade, essa preocupação excessiva ainda leva muitos responsáveis a procurar atendimento médico desnecessariamente.
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De acordo com estimativas da SBP, entre 20% e 30% das consultas pediátricas são motivadas pela febre. Muitas vezes em casos leves, sem risco para a saúde da criança. O novo parâmetro reforça a importância de observar o estado geral da criança, e não apenas o número mostrado pelo termômetro.
Como medir corretamente
A SBP recomenda o uso de termômetros digitais, que oferecem leituras mais precisas. Já os termômetros infravermelhos, comuns em residências e escolas, exigem técnica adequada e podem gerar resultados imprecisos se usados incorretamente.
A orientação é sempre medir a temperatura em um ambiente tranquilo, evitar múltiplas aferições em sequência e considerar o contexto: calor excessivo, agasalhos e atividades físicas podem alterar o resultado momentaneamente.
Quando é preciso procurar um médico
Apesar da nova classificação, nem toda febre exige atendimento médico imediato. Os pais devem observar sinais de alerta como sonolência excessiva, falta de ar, irritabilidade intensa ou febre persistente acima de 39,5°C.
Bebês com menos de três meses e crianças com doenças crônicas requerem acompanhamento mais rigoroso. Nos demais casos, o ideal é manter a hidratação, oferecer repouso e garantir um ambiente confortável.
O uso de antitérmicos deve ser reservado apenas a situações de desconforto. A SBP reforça que a automedicação, especialmente com doses inadequadas, pode causar efeitos colaterais e aumentar riscos desnecessários.
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