
O número de postos de combustíveis envolvidos em atividades ilícitas na Bahia pode passar de 200, verificando-se na participação do crime organizado a dificuldade de estabelecer a origem da semente do mal.Para tornar a apuração com perfil de enigma, é possível trabalhar com a hipótese de distribuidoras sofrerem assédio ou atuarem deliberadamente para contribuir com o sucesso dos empreendimentos.O “Carrasco”, presente às edições de segunda-feira, manifestou indignação possível de compartilhamento coletivo, ao questionar: “O que está acontecendo com a rede de distribuição de combustíveis no país”?Segue uma outra questão, pois o crime não se organizou da noite para o dia: os casos de adulteração e evasão fiscal eram antes esparsos, ou nos tempos atuais a polícia foi incentivada a investigar com devida profundidade, na perspectiva de a causa também servir à defesa do interesse do consumidor?A Operação Primus, deflagrada recentemente pela Polícia Civil da Bahia, tem produzido conhecimento confiável sobre a lavagem de dinheiro. Na cobertura do trabalho dos investigadores, descobriu-se ter o grupo autonomeado “PCC” se associado a postos da bandeira Shell, integrante de ONG voltada para zelar pela legalidade do varejo de combustíveis.Geralmente relacionada ao noticiário de turismo e meio ambiente, a cidade de Lençóis foi citada por lá ter sido detido, antes de sair para a trilha, um dos maiores revendedores da Shell na América Latina.Conhecido por Jailson “Jau”, o elemento investigado tem seus vestígios verificados em outra trilha, a do crime, pela forte suspeita de ser o “operador” de um esquema maior, controlando a comercialização irregular.Outros três mandados de prisão foram cumpridos na Bahia, mais dois em São Paulo e no Rio; muitos e muitos outros virão, possivelmente, como se puxa o fio de um novelo há tempos guardado no cesto da impunidade.
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