
O governo federal vê uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Donald Trump às margens da cúpula da Ásia, na Malásia, como bem encaminhada.
O governo trabalhava com o cenário de o encontro entre os dois acontecerem até o fim de novembro, mas vê chance de antecipar a reunião para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
O Ministério das Relações Exteriores (Palácio do Itamaraty) informou nesta segunda-feira (20) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um encontro com o primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia, no próximo domingo (26).
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirma que o encontro ainda não está confirmado, mas o Itamaraty afirmou que há espaço na agenda caso os governos acertem o encontro durante uma entrevista sobre a viagem de Lula.
Questionado sobre encontro com Trump, o embaixador Everton Frask Lucero, diretor do departamento da Índia, Sul e Sudeste da Ásia, afirmou que há espaço na agenda de Lula no domingo (26) pela manhã.
Venezuela
Lula e Trump devem comentar a crise na Venezuela no encontro presencial. Na quarta-feira (15), o presidente Donald Trump afirmou ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano e disse estar estudando ataques terrestres contra cartéis do país.
Para o governo de Nicolás Maduro, trata-se de uma agressão que busca promover uma mudança de regime para se apoderar do petróleo venezuelano.
as últimas semanas, os militares norte-americanos executaram ataques na região contra embarcações supostamente dedicadas ao narcotráfico. Os ataques mataram pelo menos 27 pessoas.
Reunião
O governo brasileiro avalia que é importante que a reunião aconteça ainda em 2025.
O Planalto e o Itamaraty trabalham com a possibilidade de que o encontro bilateral aconteça durante esta viagem, mas ainda há incertezas sobre a compatibilidade das agendas dos dois mandatários.
Segundo auxiliares do governo, há um esforço em andamento para construir a reunião Lula-Trump ainda este ano.
Diplomatas acreditam que, uma vez realizado o diálogo presencial em mais alto nível entre os dois presidentes, a conversa dará um norte para as negociações.
O Palácio do Planalto recebeu indicativos da Casa Branca de que os americanos também enxergam como ideal organizar a reunião com rapidez.
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