
A Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) tem intensificado sua presença na Cidade Baixa, em Salvador, com obras que buscam modernizar o sistema de esgotamento sanitário e ampliar o atendimento à população. Duas intervenções em andamento no bairro do Lobato, no Subúrbio Ferroviário, prometem melhorar a eficiência do serviço e beneficiar cerca de 590 mil moradores da região.
A principal intervenção, em execução sob responsabilidade da Superintendência de Produção de Água e Esgotamento Sanitário da empresa, consiste na ampliação da Elevatória de Esgoto do Lobato, que atende diversos bairros do Subúrbio Ferroviário, como Paripe, Periperi, Coutos, Itacaranha, Plataforma, São João do Cabrito, Pirajá, Escada, Rio Sena, Ilha Amarela, Valéria e Boca da Mata de Valéria.
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“Essa elevatória precisa de uma ampliação. Com o aumento da população nessa região, que vem crescendo muito, as unidades domiciliares foram se expandindo tanto horizontal quanto verticalmente. A nossa elevatória ficou subdimensionada para as necessidades atuais”, explica o superintendente Luís Rocha.
Segundo ele, o investimento de R$ 23 milhões, feito com recursos próprios da Embasa, vai permitir a instalação de equipamentos mais potentes e ampliar significativamente a capacidade operacional.
“Estamos colocando equipamentos de maior monta, uma ampliação significativa para poder ter um equipamento que atenda às condições e a gente consiga operar bem”, afirma.
A obra, que está com 25% dos serviços executados, deve ser concluída até julho do próximo ano. “Essa ampliação na elevatória vai possibilitar que a gente atenda alguns trechos de ruas na área da Cidade Baixa que ainda não conseguimos atender por conta da limitação do sistema atual”, acrescenta Rocha.
Conexão de imóveis
Além dessa intervenção, a Embasa também atua em outro ponto do Lobato, na Rua Voluntários da Pátria, em uma obra voltada à conexão de imóveis que ainda não estavam ligados à rede de esgoto. Os trabalhos, que têm prazo de execução de 60 dias, são realizados em horário comercial e não devem impactar significativamente o trânsito no bairro neste primeiro momento.
“É uma intervenção muito importante, feita em conjunto com as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A ideia é conectar os imóveis que ainda não estão integrados ao sistema”, explica o superintendente.
A iniciativa integra um esforço conjunto da Embasa com a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), garantindo a compatibilização das redes de esgoto com as obras do novo modal de transporte.
“Nossas equipes técnicas mantêm tratativas permanentes com a CTB para assegurar o avanço coordenado das frentes e evitar interferências nos prazos do VLT, reduzindo impactos operacionais e integrando as novas redes às já existentes ao longo do traçado”, detalha o gerente de Expansão e Obras da Embasa em Salvador, Sinval Castro.
Hoje, segundo Luís Rocha, a cobertura de esgotamento sanitário na Cidade Baixa alcança 88,08%, índice considerado excelente. “Para a realidade das grandes capitais, esse percentual é muito bom. Temos 34 estações elevatórias nessa região, incluindo o Subúrbio e a Península de Itapagipe. É um trabalho árduo manter todas em bom funcionamento, 24 horas por dia, todos os dias”, destaca.
Ele explica que o papel das elevatórias é essencial em uma cidade de topografia irregular como Salvador. “O esgoto, diferente da água, trabalha por gravidade. Então, quando chega nos pontos mais baixos, precisamos das bombas para lançá-lo até as partes mais altas, onde estão as estações de tratamento”, detalha.
A operação contínua desses equipamentos é fundamental para evitar extravasamentos, que podem atingir áreas de praia. “Qualquer falha no funcionamento dessas elevatórias, o caminho natural é extravasar, e em boa parte dos casos isso acontece próximo à orla. Por isso temos equipes monitorando o sistema 24 horas”, afirma Rocha.
As obras fazem parte de um programa de melhorias contínuas da Embasa para reforçar a infraestrutura sanitária de Salvador. “Os 590 mil habitantes dessa área já são atendidos. O que estamos fazendo agora é melhorar o serviço, garantir mais eficiência e ampliar o alcance em pontos que ainda não estavam conectados”, conclui Rocha.
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