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Sustentabilidade dá o tom da 22ª edição da Semana Nacional de Ciência

Estudante Guilherme de Jesus Fraga –

Uma cerâmica produzida a partir de conchas de lambretas descartadas no bairro da Mouraria foi a alternativa encontrada pelo estudante Guilherme de Jesus Fraga, do Colégio Estadual da Bahia Central, para ajudar a economia circular e diminuir o impacto ambiental no Centro da capital baiana.

Este é um dos projetos apresentados na 22ª edição da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNTC), que teve início na segunda-feira, 20, e segue até o próximo domingo, 26.

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No ano em que o Brasil vai sediar a 30º Conferência das Nações Unidos sobre a Mudança Climática (COP30), a SNCT tem como tema “Planeta água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, propondo uma reflexão sobre a preservação dos ecossistemas e o papel da ciência na construção de soluções sustentáveis.

Nesta quarta-feira, 22, Salvador sedia uma das principais agendas do evento, com participação do governador Jerônimo Rodrigues e da secretária de Educação (SEC), Rowenna Brito, entre outras autoridades, no Auditório Zezéu Ribeiro, na antiga sede da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

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O chefe do Executivo do estado destacou o caráter democrático do acesso ao conhecimento que o evento proporciona. “Esse evento significa que a gente pode aproximar a ciência da sociedade e a sociedade se transformar em agente científico. Aqui nesse ambiente, são os estudantes apresentando o que se pode fazer com o resíduo sólido ou com aquilo que sobra para poder fazer papel, por exemplo, e isso me anima muito”, afirmou o governador.

Estudantes ao lado do governador Jerônimo Rodrigues e do secretário da Secti, Marcius Gomes | Foto: Raphael Muller/Ag. A TARDE

Na ocasião, o governador também lançou a 4ª edição da Revista Bahia Faz Ciência, que tem entre os destaques o projeto apresentado por Guilherme, que também é um dos finalistas do Prêmio EcoInovar do Programa A TARDE Educação, do Grupo A TARDE.

“Para mim, é gratificante quando você olha essa revista e pensa assim: ‘poxa, um dia eu estava lá embaixo e outro aqui em cima’. Então, é pensar como aquilo vai me impulsionar na minha carreira e como vai me ajudar. Eu penso que aquilo ali não é só uma revista, é também um reconhecimento do que eu fiz e do que eu vou fazer ainda. Ali eu estou representando não só o meu projeto e eu. Eu represento uma comunidade escolar, com professores, alunos, e também a comunidade que está apoiando o projeto o tempo todo, na gestão de resíduos, também na compra”, destacou o jovem.

Para Rowenna, a publicação tem a capacidade de transformar a vida dos estudantes. “Essa revista tem em todas as páginas estudantes da rede estadual da educação da Bahia. A escola pública da Bahia produz ciência e inovação. Isso aqui é o produto do que a gente está produzindo na escola pública com muitos professores, com muita dedicação de professores, professoras, coordenação pedagógica, gestores, mas de uma decisão acertada do governador Jerônimo de levar e apresentar para as escolas públicas e entender que a escola pública é o lugar de fazer ciência”, frisou a titular da SEC.

Celebração

Na Bahia, a SNCT é coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (SECTI), que atua de forma articulada com instituições de ensino, pesquisa e extensão, órgãos governamentais e parceiros estratégicos. Marcius Gomes, o titular da pasta, destacou os investimentos promovidos pelo estado no setor.

“O Governo do Estado tem feito investimentos em todas as áreas, na saúde, na segurança pública, na educação, na segurança pública, então esse movimento que a Bahia vem introduzindo nas suas políticas públicas inclui a tecnologia e inovação, o que é um marco para todos nós. A Ciência e Tecnologia é apenas uma pasta que orquestra todo esse movimento do Estado, e a Semana Nacional vem para celebrar esse movimento. A popularização é base para todo o processo de desenvolvimento da sociedade, é isso que nós acreditamos”, pontuou o secretário.

A SNCT deste ano marca, ainda, importantes avanços institucionais. Em maio, o governador Jerônimo Rodrigues sancionou a Lei Pop Ciência Bahia (nº 14.901/2025), primeira legislação estadual do país voltada exclusivamente à popularização científica. Resultado da atuação conjunta das secretarias estaduais da Secti e da SEC, a lei estabelece diretrizes para democratizar, interiorizar e tornar mais inclusiva a produção científica baiana.

De acordo com representantes desses órgãos, “interiorizar a ciência, a tecnologia e a inovação é uma obrigação estratégica e social de levar oportunidades, conhecimento e desenvolvimento para onde o povo vive, garantindo que cada comunidade seja beneficiada”.

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